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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Reflexão: status

O fim de ano se aproxima e com isso muitas pessoas começam a fazer um balanço e preparam metas ou desejos para o futuro. Diante disto e, pessoalmente, do processo da minha gestação, é inevitável refletir sobre o futuro, então eu toco o passado recente, experimento o presente e imagino o amanhã. Nisso, não há como fugir alguns pontos: saúde, grana, pessoas, recursos. 

Justamente por não viver sozinha, devo observar e considerar o comportamento a minha volta para refletir sobre o meu, atual e futuro. E foi aí que fiquei pensando nos pontos de reflexão e no tema deste post, o status. Status nada mais é que reconhecimento, ser notado e valorizado pelo grupo. Aí eu pensei na tecnologia, nas redes sociais virtuais. Isso porque eu não parou de ver pessoas sozinhas ou acompanhadas em restaurantes, cinemas, qualquer lugar, se comunicando incansavelmente ou assistindo a outros nestas redes.

Se lá no passado foi dito que a gente conta o número de amigos nos dedos, muitas vezes numa só mão, por que a ampliação de amigos ou seguidores virtuais é tão importante? Ou por que acompanhar as experiências de pessoas às quais estão "fora" dos nossos dedos faz sentido? Ser influente é fundamental e tão verdadeiro que a carapuça ser influenciado é, portanto, uma escolha?

Mas e na mesa da lanchonete, dividir a atenção da experiência real para interferir ou observar o plano virtual não diminui a experiência vivida? A rede virtual impõe o tempo real? Para se ter status é necessário ser preciso no tempo, imediato como uma cobertura jornalística ao vivo. No passado este recurso não existia. Éramos reconhecidos somente pelos amigos contados nos dedos.

Será que a nossa insegurança aumentou com o acelerar da troca de informações ou a modernidade, simplesmente, nos capacitou tanto que extravasar é uma forma compensar o excesso de energia? Se isso for verdade o status não é uma busca mas uma consequência. Será que estamos perdendo a oportunidade de aprender agora porque estamos forjando virtualmente ou será que ocorre uma transformação onde a divisão não reduz o resultado? Soma.

Pessoalmente, eu vou evitar atender aos inúmeros comentários da rede de relacionamentos, assim como participar de grupos fechados de trocas de mensagens. Vai que o bebê cai enquanto eu respondo ao "Bom dia!" da amiga que está na França e fez isto em tempo real, ou seja, se ela encheu-se de ar francês e parou tudo para nos dar um Alô! Ora, eu deveria parar tudo e fazer o mesmo. Mostrar que ser mãe, múltipla, disponível e antenada é a modernidade e ainda abarrotar a rede fotos fofas do bebezinho, expondo a minha experiência as centenas de amigos virtuais. Mas eu consigo. Na verdade nem sempre vejo sentido na forma atual fracionada de busca de reconhecimento social. Talvez esta seja a minha dificuldade, para 2016 devo aprimorar o meu entendimento sobre as formas modernas de ter e admirar status. Vamos ver a minha reflexão que sairá no ano que vem...rsrs.